quinta-feira, 14 de maio de 2020

Trombeta-de-anjo

Hoje o dia amanheceu nublado.
Começou tão triste.
Me levanto chorando,
por causa do um sonho bem apavorante
na noite anterior;

Nesse sonho que tive,
exatamente na data de hoje
nascia homem aterrorizante,
esse mostro é capaz de tudo
não tem medo de perder o que tem;

Esse homem tinha um filho,
que esse homem o detestava,
por causa do garoto
ele se submeteu a casar.

O garotinho recém-nascido
na sua primeira semana de vida
tive que ser socorrido às pressas,
por causa do homem ter confundidos
os remédios dele com o do bebê;

Quando esse garoto completou
cinco anos de idade.
Seu presente um roxo no queixo
e machucado na cabeça.
Foi início de roubo de inocência,
uma infância que foi interrompida;

O homem de bem
vivia dizendo para o garotinho.
"Você não pode jogar bola,
nunca vai ser jogador futebol
só pode brincar com outra bola
lá você bate um bolão;"

Já se passaram cinco anos,
como tempo voa nos sonhos ou pesadelos.
O garotinho não conseguia dormir,
por estava como na dor na lombar,
Estava como ferimento pelo corpo tudo.
Homem de família disse que o garotinho
caiu de novo da escada.

Se passaram mais sete anos.
Garotinho já estava crescido,
mas estava cheia de cicatrizes
os fantasmas não sobravam mais,
tinha pena do jovenzinho.
Os seus medos era outro
que tinha forma, cheiro,
paletó e gravata;

Aos quinze esse rapaz
Levou uma surrar do homem cristão.
Por causa que deu abraço apertado,
de coração, em um amigo pelo seu aniversário.

Homem cidadão de bem
ofendia com palavras homofobias
enquanto o sufocava com sacola;

Seu corpo ensanguentado
sem tinha nem forças
ainda tenta lutar
para pedir socorro
antes fosse tarde mais;

Sua alma já tinha sido arrancada
há anos.
Sua esperança já desgastada
tinha se perdido;

Nessa hora que despertei
não conseguir dormir mais,
Tomei um chá de camomila
para ver se consigo me acalmar,
mas minha vontade socar
cara desse mostro;

Mas imagem do rapaz,
nu, todo machucado,
sendo torturado,
não sai da cabeça,
isso faz aumentar
minha raiva
desse homem nojento;

Fico me questionado
será meu Deus que pode existir
um homem tão mal assim,
se existir
onde que vamos parar?
e por favor pare o mundo,
pois eu quero descer!

Autor: Mateus Roberto






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