O mundo é muito chato,
sempre deixando qualquer um desmotivado.
A cada dia que passa, ficamos mais enjoados,
e parece que o tempo é ingrato.
Estamos cansados de amizades emprestadas,
das mesmas bebidas sem graça,
enjoados de palavras jogadas,
exaustos de ler tanta desgraça.
Também sou um latino-americano,
sem dinheiro no banco.
Meu sonho, quando era pequeno,
era ser estadunidense,
porque ganharia uma arma de presente
e poderia acabar com tudo que machuca profundamente.
Só na época da escola, tinha uns quinze na mira
para testar meu novo presente.
Pois quem liga para o pobre-diabo sofrendo bullying?
Mas quando explode o mundo, todos, do nada, se preocupam,
começam a valorizar a saúde mental das pessoas,
mas, no dia a dia, ignoram os pedidos de socorro e ajuda.
Naquele tempo, eu pensava que, se eu morresse, não haveria problemas,
não tinha ninguém me esperando.
Sempre brincava com a dona morte.
Um lugar sem compaixão,
que só maltrata o coração;
o único pensamento é ostentação.
Não é o caminho de Jesus, Ogum e Iansã,
acabaram com o samba que ia até de manhã.
Se você não acreditar,
vai se informar, vai estudar,
porque muitos querem te enganar;
ninguém é inocente em São Paulo.
Como dizia o Mano Brown:
Em São Paulo, Deus é uma nota de cem.
Autor: Mateus Roberto
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