segunda-feira, 7 de julho de 2025

O Dia Mais Bonito do Ano

Hoje o dia amanheceu

mais bonito do que nunca.

O Sol e a Lua estão juntos agora,

festejando em pura alegria.


O céu te abraça bem forte.

As nuvens desenham

o teu belo rosto no azul.


Até mesmo o vento,

que sussurra no teu ouvido,

canta “parabéns pra você”.


Anos atrás, quando Deus te desenhou,

tenho certeza de que ele não só namorava,

mas estava completamente apaixonado.

E foi aí que ele criou

o ser mais belo que a própria mãe natureza.


Você é como vinho:

fica melhor a cada dia que passa.

Desde que venho pra cá,

vem esbanjando teu brilho.


Tenho certeza

de que as ondas do mar

foram feitas inspiradas

nas ondas do teu cabelo.


Dizem que o Rio

é a Cidade Maravilhosa,

mas não viram o teu sorriso ainda.


Que teu novo ciclo seja feito de brisas suaves

e de tempestades que só tragam flores.

Que teus passos sejam firmes,

e teu coração siga dançando.


Então celebra teu dia com a alma leve,

e deixa teu brilho se espalhar

como um sol depois da chuva.

Hoje o universo inteiro te homenageia,

porque quando você chegou ao mundo,

a vida ficou mais bonita.

Parabéns por existir assim:

tão única, tão você.


Autor: Mateus Roberto

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Ferrari e Bicicleta

 Tô com raiva, e muito puto

não queria estar,

mas o capitalismo não deixa.

Todo dia, uma nova coisa

pra deixar a gente com ódio.


Não há momento de paz aqui.

Parece que tudo está desmoronado,

e só um grupo vai se salvar.

Eles sempre estão dispostos a nos sacrificar.


Fico com ódio

porque não consigo fazer força sozinho.

Estou me sentindo abandonado,

em luta com monstros muito ricos.


Onde eles têm a caneta,

a gente tem a vontade.

Eles têm ouro e prata,

a gente, o buraco e o luto.

Eles são donos de tudo:

da bola, do jogo e do estádio.

E a gente só ouve os barulhos do lado de fora.


Vivo muito agoniado,

sem esperança no futuro,

sem acreditar que vai melhorar pra gente.

Arrancaram a vontade de ter filho,

pois não sei se amanhã vou estar vivo.


Me sinto acorrentado,

sem por onde me movimentar e brigar.

Como se fosse uma corrida:

eles estão com uma Ferrari,

e a gente, com uma bike.


Estou desgostoso da vida.

O capitalismo está me arrasando a cada dia.

Rouba sonhos, vocações e vontade.

E no lugar nos dão

bíblia, enxada e humilhação.


A felicidade sempre vem em um dia do mês,

mas sempre acaba no sexto dia útil.

Eles venderam a ideia de meritocracia,

mas, se você não tem o sobrenome, não merece.


Fico aqui me sentindo inútil,

sem energia, chorando em posição fetal,

sem conseguir mexer um músculo,

rezando pro dia em que algum anjo vai me dar um tiro,

e sonhando que um dia venha algum salvador,

o verdadeiro Jesus não esse que o crente vende,

pra nos salvar e trazer paz ao coração.


E fico aqui, esperando que tudo se apague.

Que minha mente finalmente se cale,

porque viver assim é morrer aos poucos,

e eu já morri demais por dentro.


Porque enquanto eles vendem promessas,

a gente compra dívidas e dor.

E chamam isso de progresso,

mas eu chamo de covardia.


Autor: Mateus Roberto 

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Feito Poesia, Feito Você

Estava tentando descrever o amor,

mas não sei se sou capaz.

Existem muitas definições,

existem muitas sensações,

e muitos amores.


Recorri a tantos pensadores 

mas até eles trazem

variedades de paixões.


Djavan diria que o amor

"é lugar bom para ler um livro".

Tom e Vinícius diriam

que "tudo fica mais bonito por causa do amor".

E Marisa Monte, com sua leveza, cantaria:

"o amor faz acreditar, dançar e cantar".


Provavelmente, se eu tentasse definir amor,

levaria mil vidas para descrever.

Talvez eu queira ser o eu lírico que diz:

existe razão nas coisas feitas pelo coração.


Respirei fundo.

Pensei: talvez eu seja exagerado.

Mas o amor… está bem óbvio.

Está bem na minha cara.


Está ao meu lado,

dormindo, nem imagina

que está se eternizando

numa simples poesia.


Está no cheiro do café coado

que ela faz pra mim.

No abraço apertado

que vira verso e melodia.


Lembro bem como era meu mundo

antes de você chegar, chegando.

Você mandou a tristeza embora

e me devolveu a alegria.

Já estava acostumado com a solidão,

e você veio trazendo cor ao meu coração.


Você vem desfilando sua beleza…

Certeza que, se Da Vinci te conhecesse,

a Monalisa seria só lenda.

Clarice deixaria a caneta cair no chão,

de boca aberta.

Me desculpe, mãe natureza…

mas ela é mais bonita que qualquer deusa!


Sou apaixonado pelo seu jeito,

aff… seu beijo é meu defeito.

Eu amo tudo em você,

do seu intelecto invejável.


Droga… até meu café esfriou,

enquanto penso em você.

Você traz uma paz tão grande 

tipo cheiro de brisa do mar.


E tudo isso porque, sem aviso,

lembrei do teu sorriso:

aquele que tem gosto de paz,

pão fresquinho com manteiga

e som de música boa.


Teu olhar?

É calmaria disfarçada de tempestade.

Quando ele me encontra,

já nem sei onde termina o mundo

e começa você.


Você nem sabe…

mas ando perfumado de você o dia inteiro.

Teu jeito de pensar?

Feito poema que até Machado de Assis invejaria.


Então, se me perguntarem o que é o amor,

eu não vou procurar em nenhum autor.

Vou te olhar e pronto, está lá:

o amor é tudo o que há

quando você está.


Ou seja…

o que é o amor pra mim?

É você.


Autor: Mateus Roberto

sábado, 31 de maio de 2025

Crescer à Força

Quero morrer,

quero parar de viver.

Não pedi para nascer,

agora sou obrigado a crescer.


A vida é um grande conto do vigário,

onde a gente é só otário.

Não temos um carro nos esperando,

só sofrimento todo final de mês.


Deus, me desculpa mesmo —

o mundo que foi criado é lindo,

o universo é incrível,

a natureza... sem palavras.


Mas o povo que te vende, Senhor,

espalha medo, tortura e fome.


Não vejo mais luz no fim do túnel,

sinto o vento gelado na minha cara,

e aquele frio na espinha.


Desculpa, meu amor,

mas não vou ser capaz de ter filhos

nesse mundinho de merda,

onde quem é pobre é tratado como lixo.


Qualquer pessoa que nascer

enfrentará crueldade para crescer,

sem saber se poderá viver em paz.


Pois a religião iniciou seu plano de destruição,

e agora assiste de camarote

ao fim do mundo que ela mesma santificou.


Só queria morrer,

mas talvez...

só queria viver

num mundo que ainda não existe.


Autor: Mateus Roberto

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Pix da Oração Aprovada, Só Falta o Milagre!

Comecei orando por um pão,  

acabei rezando por um caixão.  

Disseram que Deus ia me pagar —  

mas Ele parcelou minha dor  

em prestações de humilhação.


Queria que um raio  

caísse na minha cabeça.  

Queria que um ônibus  

me acertasse bem no meio do crânio.  

Queria ser estadunidense...  

Pra comprar um cano  

e perder a razão,  

fuzilar uns quinze  

da minha época de escola,  

e depois enfiar uma bala  

no meio da minha cachola —  

só esperar aparecer na televisão.


Odeio viver perambulando,  

sem expectativas se amanhã  

vou ser obrigado a viver.  

Mesmo no dia do pagamento,  

a tristeza chega sem querer saber.


Eu precisei ir me encontrar,  

mas acho que caí no conto do vigário.  

Pois trabalho há mais de dez mil anos,  

e ainda não tenho um carro me esperando,  

nem uma casa pra chamar de minha.


Queria pular no rio Pinheiros,  

cheio de pedras — pra não ter risco de nascer.  

Queria ser jogador, rico e famoso,  

com cabeça que nem peito de frango,  

tendo diálogos sem precisar entender.


Mas que pena que Deus é gozador,  

ele adora uma brincadeira.  

Deu pro rico, player da vida, o jogo todo feito,  

mas pro pobre tem que aprender a montar o jogo primeiro.  

Se você se arrisca,  

a polícia vem e mete a porrada bem no meio.  

Já tô de saco cheio.


Ainda tem quem diga  

que basta ter fé e pensar positivo.  

Crente que grita "amém"  

com o bolso cheio  

e o estômago vazio dos outros.  

Não se importam com os irmãos  

que não têm feijão.  

Obrigam a dar seu dinheiro  

e viver igual filha da puta.  

Enquanto o gado fala de moral,  

com arma na mão e ódio no olho.  

Dizem que Deus está no comando —  

mas eu só vejo bala, fome e desespero.


Se isso era “tudo que eu sempre sonhei”,  

me devolve o sono e leva embora esse pesadelo.  

Se já era igreja, já era fé, já era Deus —  

só sobrou a cruz, e ela pesa só nas minhas costas.


Autor: Mateus Roberto

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Câmera lenta

Amor,

Desde que você chegou, 

tudo anda em câmera lenta.

Teu sorriso faz o mundo mais colorido, 

teu abraço faz o tempo parar.

Brigo com o relógio todo dia 

— só pra te ver mais rápido.

Que sorte a minha viver tudo isso com você.

— Te amo, você é mais que uma simples poesia.


Te vi — e tudo, hipnótico.

O tempo ficou estático.

Tua luz, tão deslumbrante,

fez o mundo mais brilhante.


Me lembro da nossa primeira conversa —

achei tudo um pouco cômico.

Eu, todo tímido;

você, tão magnífica,

como uma deusa grega.


Nosso primeiro beijo, em público...

foi ali que comecei a acreditar em mágica.

Na minha cabeça, acabou a tempestade.

Foi ali que conheci

o que é paz

e tranquilidade.


Contigo, tudo anda mais devagar,

como cena em câmera lenta.

O som do mundo fica acústico,

cada toque teu me acalma —

tua presença é terapêutica.


Brigo com o relógio

pra que chegue logo minha folga.

Nada melhor que passar o dia

agarradinho contigo.


Autor: Mateus Roberto

terça-feira, 4 de março de 2025

Romance na Linha 138

Hoje, a noite está fria e chuvosa,

quase parece uma cena tenebrosa.

Mas não é—o caminho do ônibus é demorado,

e o eu lírico já está cansado.


A chuva persiste lá fora,

mas este simples poeta não se desanima.

Na verdade, ele se encanta agora,

ao ver um casal cuja paixão ilumina.


O mundo corre, os carros gritam,

o trânsito é infernal—sem brilho, sem cor.

Mas não no mundo delas, onde transborda amor,

na dança dos olhares e nos sorrisos,

nas risadas tímidas, nos sussurros abafados,

nesse banco apertado, em gestos silenciosos,

que tornam qualquer momento mais leve e delicado.


O casal ao lado, tão doce, tão intenso,

em gestos pequenos, há um amor imenso.

E eu, que vejo esse amor tão bonito,

deixo meu peito sorrir também.

Que sorte a delas, que sorte a minha,

por testemunhar o amor ir além.


Autor: Mateus Roberto

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Minha melodia é Ela

Nunca foi segredo

O quanto sou apaixonado,

O quanto sou fascinado.

Por ela, sempre é por ela.

Não é um grande mistério.


Conto para o relógio

que preciso chegar cedo.

Preciso sentir o cheiro,

preciso do beijo,

preciso do abraço.

Dela, não vivo sem ela.


É impossível não falar, não sai da cabeça.

Ela já reservou um espaço vitalício,

no fundo da minha essência infinita.


Saudade de viajar para a praia com ela

E sentir a brisa do vento,

atravessando o cabelo e o rosto dela.

A pele quente no toque dela,

a calma alma do meu coração.


Sentir a água salgada do mar,

através do beijo doce dela.

Sentir as ondas do mar,

nos guiando para uma aventura.

A gente se banhando, se amando,

sem se importar com a bagunça do mundo.


Ela é o cheiro de terra molhada,

Ela é a manga verde com sal, brisa gelada.

Ela é o cheiro de café fresco na manhã fria.

Ela é uma grande melodia.


Sem ela, sou rio que seca na areia,

mas com ela, sou mar, sou lua cheia.

Sem ela, sou sombra na estrada vazia,

mas com ela, sou sol, sou luz, sou dia.


Autor: Mateus Roberto

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Ela

Perguntaram por que escrevo tanto sobre ela.

Perdão, acho que não deixei claro:

sou louco, maluco por ela.


Eu gosto tanto dela,

não tem outro jeito de me ver sorrir.

É louco o efeito dela em mim.


Quando estamos juntos,

todos os problemas vão embora.

Quando ela me abraça, 

minha mente se acalma.

Ela me faz tão feliz.


Ela é pastel e caldo de cana de feira,

aquela folguinha de sexta-feira,

aquele banho de mangueira,

é o clima gostoso do outono,

é o sentimento de quanto cai o abono.


Ela é o começo da primavera,

a sensação de banco sem fila de espera,

é aquele solzinho do fim de tarde,

é o cochilo no meio da tarde,

é aquele cheiro de terra molhada,

é o dia em que estão servindo feijoada.


Ela espanta o barulho do trem,

aquela senhora que canta bem.

Ela faz tão bem para o meu coração.

É impossível não falar de amor,

é impossível não falar do meu amor.

O que sinto não cabe em uma canção.


Me dominou com seu jeito, de um jeito

que não cabe dentro do peito.

Como seu lindo sorriso me conquistou,

o seu carinho me transformou.


E agora, sem ela, sou só metade,

mas com ela, sou tudo o que sempre sonhei.

Porque no final, meu amor,

é ela que me faz inteiro,

é ela que me faz ser quem sou.


Autor: Mateus Roberto

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A Senhora e o Filósofo

Não sou senhor do tempo,

mas também sei quando vai chover.

Não sou nenhum chorão,

mas sei fazer

histórias tristes virarem poesia.


Novamente ouço o trem vindo.

Fico nervoso: será que serei bem-vindo?

Vejo uma senhora falando sobre destino;

a voz dela prende, parecia algo divino.


Me belisque para verificar:

será que estou sonhando

ou apenas pensando?


A senhora repetiu uma frase

de um filósofo antigo que dizia:

"Envelhecer dói, a vida é um filme triste".


Ela também falou que o outono chegou.

Nesse novo caminho,

não existe dor,

não existe torturador,

não existe fascismo,

não existe favoritismo,

não existe sofrimento,

não existe tormento.

Já passou da hora de partir.


Lá, os erros ficam no passado

e as pessoas amadas

serão protegidas e abençoadas,

sem ninguém ficar atordoado.


Fico triste pelo que não fiz,

mas também não posso dizer que fui infeliz.

Confio no universo; 

ele vai arrumar as coisas do seu jeito

e tirar essa angústia do peito.


Autor: Mateus Roberto 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Teatro da Vida sem clichê

A vida é uma montanha-russa

Às vezes você está triste,

às vezes você não está feliz.


Eurico está se sentindo estranho.

Quase parece um patriota,

daqueles que odeiam a pátria,

ou um crente que odeia Jesus

e espalha blasfêmias.

Parece até que meu cérebro congelou.


O clima está com um gosto enjoado,

O tempo está embolado,

Os dias já não são mais ensolarados.

Não aguento mais ser enrolado.

Estão ouvindo o trem? São os meus me convocando.


É difícil se despedir,

Mas ninguém vai te impedir.

Já está quase na hora de partir.

Será que é normal sentir o gosto de sangue na boca?

Não é difícil, pois a cabeça está oca.


Desculpa, meu amor,

Por viver e morrer durante sua história,

Mas foi um chamado, não podia perder o horário.


Já pedi e orei a Deus

para cuidar de você.

Cumprimentei os meus,

e comecei a fazer o crochê.

Infelizmente a vida não é um filme cheio de clichês,

Mas prometo: vou sempre amar você.


Autor: Mateus Roberto 

domingo, 8 de dezembro de 2024

Para quem me suportou

Desculpa por todos os que fiz perder tempo,

mas não dá mais para ficar assim.

Desculpa a todos que atrapalhei;

vocês merecem mais e melhor.

Vocês não têm culpa de eu ser problemático.


Mas estou bem.

Aqui não tem dor,

não tem torturador,

não tem capitalismo,

não tem favoritismo,

não tem sofrimento.


Desculpa, amor,

por eu não ter talento

e ser tão lento,

por atrapalhar seu crescimento.


Acredito que você vai ficar bem,

porque você é uma pessoa incrível,

com um amor inesquecível.


Só queria agradecer

a quem me aguentou tão chato,

tendo que suportar meu jeito apático.


Desculpa novamente, amor.

Nossa passagem na Terra

é muito curta para eu te amar só nela,

mas prometo te encontrar na próxima.


Autor: Mateus Roberto

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A Dama da Tristeza

Parece que a vida nos faz de otário,

Ser adulto é cansativo,

É muito depressivo

E, muitas vezes, tão solitário.


Existe um ciclo que nunca se acaba,

Que adoece qualquer um.

Seguimos em frente, sem chegar a lugar algum,

E os problemas só parecem se agravar.


A tristeza é uma senhora

Que nunca vai embora.

Não quero ser pessimista,

Mas está cada vez mais difícil

Acordar e ser otimista.

Nada parece tornar a vida mais dócil.


A morte é a coisa mais bela

Que a vida já criou.

Desculpe, minha querida,

Eu só quero não sofrer mais.


Autor: Mateus Roberto 

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Ritmo da Escuridão

O tempo parou.

O clima piorou.

A chuva engrossou.

E a moça bonita desmaiou.

O gato miou,

E o rapaz chorou.

O policial roubou,

O crente rezou,

O martelo pregou,

E o pastor martelou.


Passou o maior ventão,

Arrastou uma multidão,

Detonou um monte de carrão.

Transformou o cabeção,

Que... que...

Roubou o calção.

Mas quem...

Perdoou o ladrão?


Está a maior escuridão,

Que ninguém dá atenção.

Parabéns, acabou de estragar o feijão!

Não dá para acreditar

Que tem quem goste do apagão,

Parece que ninguém aprende a lição.

É foda não conseguir estudar.


A hora parou.

A bailarina não rebolou.

A chuva piorou.

A moça bonita não acordou.

O gato sumiu,

E o rapaz dormiu.

O policial massacrou,

O crente sonegou,

O martelo humilhou,

E o pastor torturou.


Autor: Mateus Roberto

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

#99°_Soneto - Entre Boletos e Sonhos

Não entendo por que ando tão lento.

E qual é o motivo de andar bastante sonolento,

nem tenho vontade de escrever um soneto.

Achei que tinha perdido todo o talento.


Na mente, penso tudo e nada ao mesmo tempo.

Fico preocupado com meu empenho,

mesmo quando estou no passatempo.

Parece que não tenho rumo, só estou seguindo o caminho.


Só queria descansar meus olhos das frustações,

e finalmente ter paz na alma,

mas os boletos mandam manter a calma.


Quero uma folga tranquila, rodeado de caramanchões,

mesmo perdido nos vazios dos passos,

todos queremos um lugar para firmar seus laços.


Autor: Mateus Roberto